Nesta semana terminamos de ler o livro de Juízes e lemos todo o livro de Rute. Quero enfocar no cenário que o livro de Juízes nos revela e propor uma reflexão sobre a necessidade de compreendermos o fim da era conquista para uma era de colonização.
Entender os tempos é uma bênção porque nos faz ter um coração sábio que compreende o que fazer. Existem três tempos que falam do movimento de Deus na terra e esses tempos trazem bênçãos disponíveis para os que se preparam em alto nível. Esses são os quatro tempos: 1) Adoração, 2) Conquista, 3) Inovação e Avivamento. Nesta reflexão focarei na tensão que existiu entre o tempo da conquista e o tempo da inovação e como isso está relacionado ao tempo em que estamos vivendo hoje na igreja.
Moisés foi um verdadeiro adorador que instalou o tempo de adoração em Israel que veio de um ciclo de escravidão. Moisés teve muito trabalho para colocar a devoção a Deus no centro da vida daquele povo. Um ponto crucial na vida e obra de Moisés foi aprender a fazer discípulos, transferindo sua unção profética e forjando o caráter de um sucessor, que foi Josué. Com Josué instalou-se o tempo de conquista em Israel e isso desencadeou uma série de vitórias estratégicas que tratavam da expansão daquele povo nos territórios prometidos. Sabemos que muito território foi conquistado, mas o povo falhou em obedecer a deus através de Josué e isso fez com o Senhor permitisse que inimigos vivessem entre eles sendo uma pedra de tropeço e um laço no caminho deles, também Josué não conseguiu fazer um discípulo que fosse seu sucessor e isso representa uma grande derrota em sua biografia. Findou-se o tempo de conquista e então, por consequência de Israel não ter uma referência de liderança que pudesse fazer a transição do tempo de conquista para o tempo da inovação, veio um série de juízes que tentaram alinhar o povo de Israel ao tempo de inovação, mas essa tentativa não foi muito bem sucedida porque os juízes não foram discípulos de Josué e não carregam o DNA da liderança real. Isso fez com que o tempo da inovação só começasse com na monarquia de Israel. Entretanto, em meio a tanto fracasso em se levantar discípulos à altura do mais alto chamado de Deus naqueles tempos, somente em Davi é que o tempo de inovação começou de fato.
Se Josué tivesse discipulado um sucessor, esse sucessor teria entendimento do tempo da inovação que se desencadearia sobre ele e todo o Israel. Esse sucessor entenderia a diferença entre a mentalidade de conquista para a mentalidade de inovação, que é a mentalidade de colonização.
Meu colega Guillermo Lossio é um grande homem de Deus que traduz a diferença entre as duas mentalidades:
Então temos responsabilidade de estabelecer coisas permanentes, que possam mexer com as gerações que vêem. Possivelmente a gente nesta geração não vai ver as mudanças ou a transformação, mas temos a certeza que seremos grandes iniciadores de uma transformação que nas próximas gerações serão feitas… A mentalidade é diferente de ser um conquistador para um colonizador. E somos colonizadores na terra. O conquistador vem para tirar tudo rápido e levar para outro lado e a gente foi conquistado por essas culturas e é por isso que a gente sobrevive e quando vamos a um lugar queremos tudo rápido, esperamos tirar tudo rápido, queremos benefícios rápidos, mas os colonizadores, mas os colonizadores quando chegaram (cristãos) como nos ESTADOS UNIDOS, ele vieram a pensar em fundar uma nação…
Em determinado momento da carreira ministerial de Paulo ele afirmou que os crentes são mais do que vencedores. A palavra “vencedor” aqui tem o sentido de “conquistador” e então Paulo estava dizendo que somos mais além do que conquistadores, ou seja, colonizadores/inovadores. Eu creio que estamos a adentrar no tempo do “Rio do Leão” que virá na forma de abundância de dons de cura e libertação para os sistemas e estruturas que ainda operam nas cidades e nações que nos pertencem por herança. Quando entramos nesse tempo de inovação trazemos o melhor do país conquistador para ser usado na colonização porque estar-se a pensar em construir [naquele território conquistado] uma ampliação do Reino que vem colonizar. Gui Lossio continua dizendo:
E, para fundar uma nação, um colonizador chega a um lugar e enxerga um terreno vazio e fala: “Olha! Aí vai estar a escola”… E antes fazer a escola ele procura e fala: “Bom, meu filho vai se preparar em tudo para ser o mestre dessa escola”. Isso é agir como enviado, agir apostolicamente, não pastoralmente somente. Porque em outra mentalidade se supre necessidades: “Nossa! Tem que estudar! Donde vai estudar? Qualquer coisa que estude, e tal”… e não constrói nada… E Deus está chamando a construir não um reino, porque o Reino já existe, mas está chamando a tornar visível aquilo que não se vê, para mudar as estruturas de uma nação. E essas estruturas te que ser mexidas no profundo, desde as leis, a constituição de uma nação, levantando uma escola de governo, de legisladores primeiro, antes de pessoas que vão para o executivo. Pessoas que possam entender as leis, identificar as leis ruins e propor leis boas.
O que eu gostaria de propor é que você encontre o seu lugar nesta grande colonização que estará em curso em toda a terra. Proponho que você entenda que tudo o que lhe foi dado e prometido por Deus deve ser utilizado NO CONTEXTO DESTE TEMPO DE INOVAÇÃO. Deus quer fazer novas todas as coisas por intermédio da tua vida. Você chegou a estar vivo em um tempo como esse. Deus te levantou com influência no lugar onde estás e você PRECISA ENTENDER SEU PROPÓSITO dentro desse contexto. Você está em posição de melhorar o grande empreendimento de Deus na terra que é a igreja. Dentro de você já estão toda a sorte de bênçãos espirituais porque a tua posição em Cristo vem com este suprimento de provisão. Nada te falta, senão entender o motivo de você estar neste tempo/espaço que se chama hoje.
Creio que Deus tem algo grande, assim como Ele tem para mim e, para que tu estejas preparado para estabelecer esta grandeza na tua realidade, tens que fundamentar-se em bases sólidas que tratam de quem você é, por que você é, e o que precisa fazer, considerando todo esse plano divino que é a tua vida. Eu dediquei minha vida a escrever e ensinar sobre estes fundamentos criativos e desde meu primeiro livro trato de tentar explicá-los para que todos possam entendê-los e dar a eles o devido valor. São os sete fundamentos que promovem nossa vocação inovadora:
1º) Você precisa OUVIR A VOZ MAIS ALTA, entendendo quem é você na perspectiva de Deus, qual é o seu mais alto chamado e qual é a tua mensagem para o mundo.
2º) Você precisa SER UNGIDO, ser ativado e tornar-se consciente do poder [o dom predominante] que está dentro de você e do lema de vida que você deve defender.
3º) Você precisa SER MENTOREADO, conhecer quem é o mentor que Deus designou para você e buscar o batismo [a imersão] na mentoria dele, para que você defina e entenda a tua missão e ele te transfira a mentalidade real que você precisa para administrar o teu dom predominante.
4º) Você precisa QUEBRAR O IMPEDIMENTO EM VEZ DO CUMPRIMENTO. Isso significa definir o teu legado [o que é destinado a deixar no mundo] entender e estabelecer o teu diferencial em relação ao teu antecessor/mentor, definindo a visão que vai lhe diferenciar.
5º) Você precisa SEPARAR O SEU TRIGO DA PALHA, definir o estilo próprio de trabalho que fará você cumprir a tua missão e se conectar-se com aquilo e aqueles que representavam seu “trigo”, seu povo, sua comunidade, sua rede.
6º) Você precisa FAZER UM BATISMO NOVO, tornar-se um ativador de outros, dentro do contexto de uma nova profissão que Deus quer estabelecer para você manifestar se novo estilo de vida e trabalho.
7º) Você precisa FAZER UMA MENTORIA DIFERENTE daquela que você teve. Definir o teu posicionamento de discipulado/mentoria e para para apresentar algo superior ao que veio antes.
Esses são os fundamentos que me foram revelados e estou tentando a cada dia entendê-los melhor para partilhar com a igreja aquilo que nos fará transicionar da conquista para a colonização dos territórios que pertencem ao Deus de toda a terra e ao povo que se chama pelo Seu nome.
O livro que começa a exposição destes sete fundamentos pode ser adquirido aqui neste link.
A Mensagem do Gui Lossio está disponível aqui neste link.
Em nome do Renovo,
RODRIGO DO RIO.
PAZ…
LEITURA BÍBLICA SEMANAL:
Estamos na jornada de ler a Bíblia toda neste ano e meditar nos ensinamentos que nos ajudarão a sermos BONS AOS OLHOS DE DEUS. E nesta semana indico a leitura de…
Livro de Juízes 11-21 e todo o Livro de Rute
DICAS PARA O SEU PLANO DE LEITURA
- Ritmo Diário: você tem em média 2 a 3 capítulos por dia, o que é um ritmo muito bom para leitura e reflexão.
- Flexibilidade: Se um dia você não conseguir ler, não se preocupe! Retome no dia seguinte de onde parou. O importante é a constância ao longo das semanas.
- Ora e Medite: Antes de cada sessão de leitura, peça a Deus que te dê entendimento. Ao ler, não tenha pressa. Medite nos versículos, anote suas percepções e ore sobre o que aprendeu.
- Contexto: Sempre que começar um novo livro, reserve um tempo para entender seu contexto histórico, o autor, o propósito e os temas principais. Isso enriquecerá muito sua leitura.
- Recursos Complementares: Se houver passagens difíceis, não hesite em usar comentários bíblicos, dicionários ou estudos online.
- Compartilhe: Se possível, compartilhe o que você está aprendendo com amigos ou em um grupo de estudo. Discutir as Escrituras pode aprofundar sua compreensão.